SOCIEDADE LÍQUIDA - Capítulo 4 – Os produtos de consumo


A cada dia as casas(prisões) são menores e mais caras e é neste lugar estreito e lúgubre, onde a sociedade líquida acumula as novas mercadorias que deveriam, segundo as mensagens publicitárias onipresentes, trazer-lhe a felicidade e a plenitude. Porém quanto mais acumula mercadorias, mais ele se afasta da oportunidade de ser feliz.

“Que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma? (Marcos 8: 36)

A mercadoria, ideológica por essência, despoja de seu trabalho aquele que a produz e despoja de sua vida aquele que a consume. No sistema econômico dominante, já não é mais a demanda que condiciona a oferta, mas a oferta que determina a demanda. Então é assim que de maneira periódica, surgem novas necessidades que são rapidamente consideradas como vitais para a maioria da população: primeiro foi o radio, depois o carro, a televisão, o computador e agora o telefone celular. Parece que a vida não é a mesma se houver nas mãos no novo S5, ou S6 e vamos até o S9999999999...Um eterno vazio a ser preenchido por algo que será lançado, quando? Hummmm.

A lógica é a mesma para roupas, casas, carros e até para pessoas. Casamento? Depende da relação custo/benefício e não mais no amor, este virou um subproduto .

Todas estas mercadorias, distribuídas massivamente em um curto lapso de tempo, modificam profundamente as relações humanas: servem por um lado para isolar os homens um pouco mais de seu semelhante, as relações tornaram-se no máximo superficiais e por outro lado a difundir as mensagens dominantes do sistema.

As coisas que possuímos acabam por possuir-nos.

Pense nisso e não se torne mais uma vítima da sociedade líquida.

Sucesso e até o próximo capítulo, onde conheceremos um pouco mais sobre a alimentação de pessoas “modernas”.

Radamés Dantas
www.profradames.blogspot.com

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