Conhecimento - O que Platão, Aristóteles e Jesus, além de você e eu tem em comum?

Desde que o homem é homem ele se pergunta: Quem somos nós? De onde viemos? Por que existimos? Para onde vamos?

Na busca por uma resposta, muitas coisas foram feitas para tentar chegar ao gabarito correto. Quatro alternativas parecem ser o mais próximo que o homem chegou. Quatro alternativas, como quatro galhos de uma grande árvore conhecida como Árvore do Conhecimento do Bem e do Mal representam o máximo da capacidade humana. Estamos falando do conhecimento do senso comum, religioso, filosófico e científico. Todos esses conhecimentos são obras da raça humana.

O mais antigo de todos e ainda presente nos dias atuais é o Senso Comum, também conhecido como método da tentativa, erro e acerto ou feedback. Quando uma pessoa tenta atravessar um caminho ele simplesmente olha para um lado, para o outro, confere se vem ou não alguém ou algo que possa impedi-lo e então passava. Se der errado, tchau, hasta la vista. Os outros que viram então esperam mais um pouco, então decidem fazer a mesma tentativa, só que tentando evitar o erro do outro. Assim, muitos ainda vivem por este tipo de conhecimento básico muito presente entre os animais.

Outro tipo de galho da árvore do saber é o conhecimento religioso. É notório que as mais primitivas civilizações, ou mesmo os aborígenes da Austrália ou tribos “intocadas” pela civilização contemporânea no interior da Amazônia desenvolve alguma espécie de adoração ao sobrenatural, nem que para eles, seja o sol, a lua, o vento, a terra etc. É uma característica da espécie humana. Através desse conhecimento os outros dois surgiram: filosófico e científico.

Como filha do conhecimento religioso e mitológico nasce a Filosofia. Há aproximadamente 400 anos antes de Cristo, Platão através de seus diálogos tendo Sócrates como o personagem principal estabelece um dos galhos que perduram até hoje como um dos instrumentos de questionamentos revolucionários. Como exemplo da maternidade religiosa podemos citar Platão expondo Zeus como o deus supremo e a criação do homem por Prometeus e Ipemeteus numa tentativa de criar algo diferente para se relacionar com os deuses e tal, tal.

O ramo mais novo, o broto, e portanto, mais desconhecido e letal de todos, surgiu o conhecimento científico. Tem algo em torno de 300 anos em contagem regressiva. Referimo-nos ao conhecimento verificável, mensurável, metodológico e tal, e tal. Um ramo rebelde da filosofia, fruto do antroprocentrismo advindo do renascimento.

Qual deles é o melhor?

Essa resposta é difícil, pois a história mostrou que todos esses ramos tiveram boas e más consequências. Dependendo da escola em você foi ensinado terá um posicionamento. Durante a era das trevas tivemos resultados trágicos para a humanidade fruto das cruzadas e tribunais de inquisição. Depois da Grécia a nação que mais gerou filósofos renomados foi a Alemanha e sabemos do resultado catastrófico da mistura do conhecimento científico com o filosófico desta nação na primeira metade do século XX, gerando milhares de mortos com a primeira e segunda guerras de proporções mundiais, colocando em risco a própria vida na terra, com o uso de apenas duas obras provenientes da descoberta científica aplicada aos átomos. A ciência em favor da morte, Hiroshima e Nagazaki que o diga.

Poderia citar outras centenas de exemplos tenebrosos do uso da ciência. Nestes últimos 300 anos de “avanço” científico já matamos mais humanos do que as mortes provocadas pelo senso comum, conhecimento religioso e filosófico nos últimos 3 000 anos. Objetivamente falando, as mortes provocadas pelo Teocentrismo são infinitamente inferiores do que as mortes provocadas pelo Antroprocentrismo.

Dentre todas as espécies vivas na terra, qual é o diferencial do homem? O conhecimento. Mas esse conhecimento sem a maturidade deste homem será seu próprio veneno.

A pergunta agora é: como o homem pode amadurecer?

Para responder esta pergunta, terá o homem que mudar de árvore, pois nos seus milhares de anos vivendo nesta terra, só a destruiu, auto destruiu e o resultado foi caos. O homem inventou uma moral e ética próprias para ver se suportariam a convivência por um tempo maior. Infelizmente esses paliativos já se esgotaram e hoje tanto a moral quanto a ética parecem zumbis, mortos vivos ou mutantes que não sabem mais o que eram originalmente.

Haveria uma árvore que pudesse apresentar um fruto com uma proposta diferente?

Essa árvore teria que transceder o Senso Comum, Conhecimento Religioso, Filosófico e Científico. É possível?

Bom, ha aproximadamente 2000 anos, essa árvore apareceu em forma de gente. Essa pessoa trouxe um ramo novo do conhecimento. O nome desse conhecimento é: Amor. E aqui é amor ÁGAPE. Pois antes dele Platão já havia definido um tipo de amor, conhecido como amor Platônico, o amor EROS, encontrado num diálogo escrito por ele chamado O Banquete, onde Sócrates define amor como desejo. Desejo por algo que não se tem. O problema desse amor é que quando o desejo acaba o amor também acaba. Depois Aristóteles, um dos pais do conhecimento científico, principalmente no tocante ao método de investigação. Aristóteles definiu o amor como FILIA, ou seja, como alegria de viver com o que se tem. Portanto, uma contraposição a Platão, pois este definiu amor como o desejo pelo que não tem e Aristóteles pelo que se tem. Como a alegria não é uma coisa fácil de ter sempre, pois a eternidade não é um dom dos sujeitos e objetos existenciais, essa teoria deixa a desejar também, pois pode gerar o na área de RH chamamos de Zona de Conforto, e assim, para de progredir, pois está com o que já temos e tal, e tal.

Em Cristo, a Árvore da Vida, vemos o amor ÁGAPE. Esse amor é capaz de gerar vida até com a morte. O próprio Senhor Jesus é um exemplo disso, pois com Sua morte gerou mais discípulos do que quando estava vivo. ÁGAPE significa amor incondicional pelo outro. Aqui não temos o desejo de Platão nem o conforto de Aristóteles. Isso acontece porque o amor de Cristo está em outra árvore, a Árvore da Vida que visa unicamente suprir vida para os outros. Por isso Cristo veio, e para isso Ele nos tornou Seus discípulos. Muitos estão procurando Jesus para ter o que não tem, saúde, riqueza, fama, glória e tal, e tal. Está procurando na pessoa e árvore errada, pois quem quer isso deveria ir para a filosofia de Platão. Outros estão procurando a alegria, a zona de conforto e a mordomia da vida moderna em Cristo. Quem estiver procurando isto em Cristo errou de novo, pois em Cristo, o que encontramos é auto desconforto por amor ao próximo. Agora se você quer encontrar o amor divino, superior, muito acima da esfera humana caída então Cristo é a pessoa certa.

Pode parecer, que conhecer Cristo esteja no ramo do conhecimento religioso, mas não está. Até porque quem providenciou a morte dEle foram os religiosos da época. Cristo está em contraposição ao conhecimento religioso. O conhecimento religioso é o conhecimento que o homem criou de Deus. Ou seja, o Deus estabelecido pelo homem. O conhecimento de Cristo, o AMOR, é o conhecimento que Deus estabeleceu para o homem. São vias contrárias.

Concluindo, gostaria de sugerir que você conheça melhor esta pessoa, Cristo, pois Ele não disse que atenderia os desejos do homem, nem daria uma vida boa, mas que ELE mesmo SERIA o caminho, a verdade e a Vida. (Jo 14:6)

Conheçamos, e prossigamos em conhecer ao Senhor. (Os 6:3)

Caso tenha lido este texto até aqui, é porque você tem sede de conhecimento. Então saia da superficialidade quádrupla da Árvore do Conhecimento do Bem do Mal e tenha conhecimento da plenitude da Árvore da Vida (Gn2:9).

Caso queira adquirir mais conhecimento, podemos fazer um curso bíblico. Agora, depois que deixei as aulas da graduação, estou mais livre.

Um forte abraço e que todos nós conheçamos mais Cristo em 2014.

Radamés Dantas

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